terça-feira, 26 de agosto de 2008

O que eu não quero.



Fiz essa pergunta para 6 pessoas e notei que é difícil responde-la sem pensar por um bom tempo sobre ela.
O engraçado, é como as pessoas olham para sua cara e logo depois respondem algo totalmente esperado. Como se fosse bonito dizer coisas que você não quer de uma maneira, digamos assim, ensaiadas.

O meu não querer me contradiz, me confunde, me enrola, me faz parecer tonta e mudar de idéia com relação a algo. Isso ajuda? Não, na verdade não, então, o que eu não quero?
Sinceramente, o que eu não quero é ter que deixar meus sonhos de lado para seguir os de outros. Não quero fazer o que não me dá prazer, não quero pensar no passado e ver que podia ter sido diferente.
O que eu não quero começa por aí.
O meu não querer também é simples, nada muito complexo, mas de vez em quando não tem nexo algum e consequentemente é muito egoísta. Entendem? Sim, acho que vocês sabem o que eu estou tentando dizer. Ex.:
Quando não quero dar bala para alguém, mesmo tendo um pacotinho de bala na bolsa e uma bala na minha boca, e do nada aparece uma pessoa pedindo uma. Eu falo: AH! Essa(a bala que está na boca) era minha última.
Quem nunca fez isso que se manifeste. Sei que isso é feio, mas o ser humano sempre faz coisas feias e, se não fez isso, fez coisa pior.
Eu também possuo o não querer possessivo e chato, muito fresco também. Todos possuem esse.
O meu é mais ou menos assim:
_ Jéssica, me deixe ver seus desenhos, desarrumar seu quarto, jogar no seu celular, mexer no seu cabelo?
_ Não. Não quero que você veja meus desenhos, não quero que você desarrume meu quarto, não quero que você pegue no meu celular e, principalmente NÃO QUERO QUE VOCÊ MEXA NO MEU CABELO!
Tem o não querer excêntrico, que para muitos é engraçado e para mim são os mais importantes:
Não quero roubem meu DNA e façam um clone de mim. Tenho medo dessas coisas.
Não quero que o mundo seja invadido por E.Ts, porque não quero ser submetida a certas experiências desagradáveis e depravadas.
Não quero que o mundo acabe de uma forma dolorosa.
Não quero perder a memória, porque existe muita coisa importante dentro da minha cabeça que só a minha pessoa sabe.
Não quero ser perseguida por um cachorro, porque não teria muito fôlego para correr muitas quadras.
Não quero ficar louca por culpa dos meus pensamentos. Dizem que pensar demais enlouquece.
Enjoei de escrever o que não quero.
Existe mais de alguns milhões de coisas que eu não quero. Tem o meu não querer filosófico, o meu não querer fútil, o meu não querer ignorante, o meu não querer sonhador...
Depois de escrever tudo isso, eu ainda não sei ao certo se a forma como abordei e me expressei são certas, também não sei se o que não quero é exatamente isso. Esse texto ficou totalmente diferente do caminho que eu queria ter seguido, mas, quem sabe, em outra ocasião, eu possa me expressar com maior clareza e também acrescentar mais coisas a lista. Até lá, seguimos com isso.

2 comentários:

Studio Make disse...

O que não quero??

Hmmm...

[estou pensando ainda...]

Studio Make disse...

...

Não quero reprovar no teste do Detran...

rsrsrsrsrsrsr

bj!!

[ótimo texto!]